Essa é nossa primeira
crítica e como diria Jack, o estripador, vamos por partes.
Em primeiro lugar vamos
falar sobre o ambiente e para isso é preciso ressaltar que chegamos no pequeno
restaurante localizado no Leblon por volta das 21h. A parte externa do restaurante,
onde ficamos, é extremamente escura, o que dificulta até mesmo a leitura do
cardápio. Não sou fã de ambientes claros, quase nunca acendo luzes na minha
casa a noite, estas são limitadas a abajures e luminárias. Mas nesse caso a
escuridão atrapalhava e fazia com que comemorássemos quando a luz da portaria
do prédio ao lado se acendia.
Mas vamos falar do que
realmente interessa: comida.
Pedimos duas entradas: Um
steak tartar com fritas e cogumelos paris gratinados e recheados com gorgonzola
e ragu.
Ambos os pratos estavam
enjoativos e não comemos até o final. A gorgonzola nos cogumelos deixava o
sabor muito forte e tornava difícil comer até o fim. Ora, não é pra menos, até
o mais leigo sabe que gorgonzola é um queijo de sabor muito acentuado.
Já o steak tartar estava
bom, bem feito e bem apresentado. Nos deram a opção de salada ou fritas para
acompanhar a carne. Escolhemos fritas e foi um erro brutal. A porção parecia
aquela batata que pode ser comprada congelada pronta para fritar em qualquer
supermercado e qualquer lanchonete de bairro usa. Não agradou e mais uma vez
sobrou no prato.
Agora chegamos ao momento
principal da noite. Senhoras e senhores vamos aos pratos principais.
Taglioline com tiras de
filé mignon ao vinho tinto foi o escolhido por mim, Lucas.
O prato estava bem
apresentado e muito saboroso, foi fácil comer até o final. O álcool evaporou
perfeitamente e o prato se tornou agradável. O ponto da massa também, nota 10.
A grande surpresa da
noite foi o prato de Dara: Camarões ao curry, coco e coentro acompanhado de
risoto de abóbora. O prato estava perfeito e é extremamente original. O coco
dava uma crocância perfeita no prato e tudo harmonizava muito bem. Muito bem
temperado e camarões servidos no ponto certo, 10.
Por último, mas não menos
importante pedimos a sobremesa. Escolhemos um Crème brûlée meio a meio, metade tradicional e metade
chocolate belga.
Dessa vez nos
decepcionamos, pois parece que o doce já estava pronto na cozinha e apenas nos
entregaram.
Um bom crème brûlée deve ser
caracterizado pelo contraste de temperatura e textura, ou seja, deve estar
quente em cima, frio por baixo, crocante por cima e mole por baixo.
Em cima não estava
crocante nem quente, o que nos leva a crer que nenhum tipo de chama foi usada,
pelo menos não na hora. Três mirtilos enfeitavam o prato que deixou um pouco a
desejar.
Concluímos assim que, dependendo
do prato, talvez seja uma boa experiencia procurar o restaurante na rua Dias Ferreira.
Lembramos que o chef Ronaldo Canha se inspira em ingredientes sazonais e muda
os pratos com o passar do ano. Deste modo, você pode não achar esses pratos na
próxima vez que for lá.
No mais, vá, mas não peça
o crème brûlée.
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