Quadrucci, o restaurante de Ronaldo Canha


Essa é nossa primeira crítica e como diria Jack, o estripador, vamos por partes.

Em primeiro lugar vamos falar sobre o ambiente e para isso é preciso ressaltar que chegamos no pequeno restaurante localizado no Leblon por volta das 21h. A parte externa do restaurante, onde ficamos, é extremamente escura, o que dificulta até mesmo a leitura do cardápio. Não sou fã de ambientes claros, quase nunca acendo luzes na minha casa a noite, estas são limitadas a abajures e luminárias. Mas nesse caso a escuridão atrapalhava e fazia com que comemorássemos quando a luz da portaria do prédio ao lado se acendia. 



Mas vamos falar do que realmente interessa: comida.

Pedimos duas entradas: Um steak tartar com fritas e cogumelos paris gratinados e recheados com gorgonzola e ragu.

Ambos os pratos estavam enjoativos e não comemos até o final. A gorgonzola nos cogumelos deixava o sabor muito forte e tornava difícil comer até o fim. Ora, não é pra menos, até o mais leigo sabe que gorgonzola é um queijo de sabor muito acentuado.




Já o steak tartar estava bom, bem feito e bem apresentado. Nos deram a opção de salada ou fritas para acompanhar a carne. Escolhemos fritas e foi um erro brutal. A porção parecia aquela batata que pode ser comprada congelada pronta para fritar em qualquer supermercado e qualquer lanchonete de bairro usa. Não agradou e mais uma vez sobrou no prato.



Agora chegamos ao momento principal da noite. Senhoras e senhores vamos aos pratos principais.
Taglioline com tiras de filé mignon ao vinho tinto foi o escolhido por mim, Lucas.
O prato estava bem apresentado e muito saboroso, foi fácil comer até o final. O álcool evaporou perfeitamente e o prato se tornou agradável. O ponto da massa também, nota 10.


A grande surpresa da noite foi o prato de Dara: Camarões ao curry, coco e coentro acompanhado de risoto de abóbora. O prato estava perfeito e é extremamente original. O coco dava uma crocância perfeita no prato e tudo harmonizava muito bem. Muito bem temperado e camarões servidos no ponto certo, 10. 


Por último, mas não menos importante pedimos a sobremesa. Escolhemos um Crème brûlée meio a meio, metade tradicional e metade chocolate belga.
Dessa vez nos decepcionamos, pois parece que o doce já estava pronto na cozinha e apenas nos entregaram.
Um bom crème brûlée deve ser caracterizado pelo contraste de temperatura e textura, ou seja, deve estar quente em cima, frio por baixo, crocante por cima e mole por baixo.
Em cima não estava crocante nem quente, o que nos leva a crer que nenhum tipo de chama foi usada, pelo menos não na hora. Três mirtilos enfeitavam o prato que deixou um pouco a desejar.



Concluímos assim que, dependendo do prato, talvez seja uma boa experiencia procurar o restaurante na rua Dias Ferreira. Lembramos que o chef Ronaldo Canha se inspira em ingredientes sazonais e muda os pratos com o passar do ano. Deste modo, você pode não achar esses pratos na próxima vez que for lá.
No mais, vá, mas não peça o crème brûlée. 





























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